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sábado, 5 de março de 2011

Contando experiências...

Contando experiências... Eu deveria entender que eu era Helenico demais, que estava disposto a ficar doente para o resto da minha vida...
Contando experiências... Eu deveria escutar os outros demais e falar gradualmente, deveria apresentar provas conclusivas e não ficar chorando constantemente.
Mas eu vi os tiros e parei... Ouvi o barulho da multidão e parei... Minhas pernas eram as metalhadoras, minhas mãos a bandeira roubada, e parei... parei e não respirei, minha multilação era preciosa demais para ser exposta.
Contando experiência... Eu acabei arrecadando muita fome para os pobres e muita bonança para os ricos, deveria ter aprendido a soletrar a palavra não na escola, mas a professora era bonita demais para eu querer me sujeitar ao aprendizado. Ora, foi por isso que eu fiquei traumatizado, que fiquei imobilizado, eu deveria ter sido internado.... #fato
Contando experiências... Eu acabo retornando a meu triste passado, coberto de ratos que eu gostava de chamar de Ramsters... Ora, eu poderia ter qualquer animal da loja, eu poderia ter até palhaços na carroça... Mas eu fiquei debilitado, traumatizado, imobilizado... Não tinha as lágrimas necessárias para pagar ao porteiro da depressão uma viagem só de ida para os fundos poços intermináveis da solidão... Eu sabia que não havia saída...
Contando experiências... Eu deveria ter deixado aquela senhora ter se sentando ao meu lado, com seu salto exuberante e seu cheiro de peixe frito, alguma coisa creio que eu poderia ter aprendindo... Mas se eu tivesse entendido porque ela se não se preocupava com a beleza eu talvez estivesse apresentando um programa de limpeza... Mas eu estava careca, perdendo os cabelos, desejando ser uma vassoura, rasgando a meiguice da menina branca com uma tesoura... Eu era assassino, eu sei. E por ser aquilo que eu deveria ter sido, e isto que eu deveria ter absorvido, eu deveria ter honrado todos os outros espermatozóides que morreram por mim.Mas eu estava aturdido, inibido, ressentindo... minhas pernas dançavam para todos os lados possíveis, onde a lua pudesse habitar. Mesmo que eu não entedesse qualquer som daquela vitrola encardida, eu ainda estava com vida... E, mesmo estando arrependido de não falar com a velhinha e de não ter aprendido a soletrar a palavra não, fico feliz de ver outro rosto igual ao meu, contando as mesmas experiências de sua vida e, mesmo assim, ainda querendo dançar novamente nesse íngrime baile da vida, onde não é necessário nenhum sapato especial, pois os pés descalços já foram treinados para aguentarem qualquer tipo de dança...

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