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sexta-feira, 18 de março de 2011

Pôxa, eu não deveria ter escrito isso!


http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/551888/gd/1279908642/Carta-Amour-de-mer-et-de-maree-amor-de-mar-e-de-mare.jpg

Um pequeno extinto de selvageria me trouxe a realidade...
Cada transformação feita pela doce câmera, cada demonstração
de como a vida poderia ser uma simples morte decadente...

Nenhuma alma complexa poderia tomar conta do meu próprio corpo...
Nem os exageros da plateia ambulante me fariam ficar feliz por estar no primeiro andar...
Aquele paraíso não tinha nenhuma referência em mapas, e os mapas consideravam arriscado demais entender o tal paraíso...

Eu pensava que meu ouvido era necessário para as crianças desabrigadas...
Eu achava que os palhaços poderiam ser bonitos depois que tirassem suas máscaras...
Eu achava que na páscoa ou teria a lastima sorte de me encontrar com o papai noel,
mas eu fiquei confuso... eu não tinha mas palavras para colocar no papel...

Cada verbo magnificado não causava uma simples ação ou mesmo uma reação...
De onde mais eu posso querer arrumar forças para o meu trabalho?
Se a confusão não transcende como calor, se não há cura imediata ou oportuna...

Nenhuma palavra, número ou qualquer análise combinatória me livraria das baboseiras da meia-noite.
Cada veia do meu corpo pulsava sem parar, buscando a estratégia para não sangrar, para voltar a ser alimentando pelo o cordão umbilical...
Mas, em espiríto, eu continuo confuso, deixando as evidências claras, as mentiras ocultas, e as verdades bem no topo da árvore velha...

Pôxa, eu não deveria ter escrito isso!

segunda-feira, 7 de março de 2011

ora Essa

Ora essa, eu cortei meus pulsos em  noite de lua cheira, enquanto olhava para seu retrato.
A lembrança me pertubava, era muito grande minha solidão, enquanto eu gritava seu nome, minhas lágrimas iluminavam a escuridão...
Muitos viajantes vieram ouvir meu choro desesperado. Por muito tempo fui a atração da cidade, todos queriam me colocar no braço e cantar músicas de ninar... Mas havia apenas uma que me faria viver melhor, só havia uma voz que me deixava longe do boi da cara preta...
Poderia te perguntar a onde andas, onde caminhas, em que pedra tropeças... Mas seu egoísmo não é igualável ao meu, sua intensidade não é tão dinâmica quanto a minha... E pelo o que eu vejo, você se esqueceu que me deixou aqui sozinho, sendo louco, sendo atração, chorando eternamente na imensidão...

sábado, 5 de março de 2011

Não te separei do óleo

Não te separei do óleo e tudo deu errado... o que era azul ficou azul e o que era negro ficou negro...
Eu não bebi toda água, mas mesmo assim não te separei do óleo... Você continua na minha garganta e no copo... Mas não te separei do óleo. Qual de vocês duas poderiam me seduzir? O doce sabor da água refrescante ou gosto aturdido do óleo contagiante? E se eu tivesse algum corte na garganta, quem iria sair?
Eu não te separei do óleo, você continua no copo, disposta a vencer a armadilha, a deslizar sobre sua fantasia e ainda assim me seduzir.
Você não é lésbica ou qualquer nome dito pelo os humanos... eu fui o culpado por não ter te ajudado... Creio que agora só posso te salvar, se te ferver, eu espero que você não consiga morrer, mas por não ter te separado do óleo não vou poder te ver depois que você efervescer... Mas espero que você me sufoque de dia, para que esse erro não ocorra em nenhuma outra vida, até que o óleo eu possa separar de você...

Contando experiências...

Contando experiências... Eu deveria entender que eu era Helenico demais, que estava disposto a ficar doente para o resto da minha vida...
Contando experiências... Eu deveria escutar os outros demais e falar gradualmente, deveria apresentar provas conclusivas e não ficar chorando constantemente.
Mas eu vi os tiros e parei... Ouvi o barulho da multidão e parei... Minhas pernas eram as metalhadoras, minhas mãos a bandeira roubada, e parei... parei e não respirei, minha multilação era preciosa demais para ser exposta.
Contando experiência... Eu acabei arrecadando muita fome para os pobres e muita bonança para os ricos, deveria ter aprendido a soletrar a palavra não na escola, mas a professora era bonita demais para eu querer me sujeitar ao aprendizado. Ora, foi por isso que eu fiquei traumatizado, que fiquei imobilizado, eu deveria ter sido internado.... #fato
Contando experiências... Eu acabo retornando a meu triste passado, coberto de ratos que eu gostava de chamar de Ramsters... Ora, eu poderia ter qualquer animal da loja, eu poderia ter até palhaços na carroça... Mas eu fiquei debilitado, traumatizado, imobilizado... Não tinha as lágrimas necessárias para pagar ao porteiro da depressão uma viagem só de ida para os fundos poços intermináveis da solidão... Eu sabia que não havia saída...
Contando experiências... Eu deveria ter deixado aquela senhora ter se sentando ao meu lado, com seu salto exuberante e seu cheiro de peixe frito, alguma coisa creio que eu poderia ter aprendindo... Mas se eu tivesse entendido porque ela se não se preocupava com a beleza eu talvez estivesse apresentando um programa de limpeza... Mas eu estava careca, perdendo os cabelos, desejando ser uma vassoura, rasgando a meiguice da menina branca com uma tesoura... Eu era assassino, eu sei. E por ser aquilo que eu deveria ter sido, e isto que eu deveria ter absorvido, eu deveria ter honrado todos os outros espermatozóides que morreram por mim.Mas eu estava aturdido, inibido, ressentindo... minhas pernas dançavam para todos os lados possíveis, onde a lua pudesse habitar. Mesmo que eu não entedesse qualquer som daquela vitrola encardida, eu ainda estava com vida... E, mesmo estando arrependido de não falar com a velhinha e de não ter aprendido a soletrar a palavra não, fico feliz de ver outro rosto igual ao meu, contando as mesmas experiências de sua vida e, mesmo assim, ainda querendo dançar novamente nesse íngrime baile da vida, onde não é necessário nenhum sapato especial, pois os pés descalços já foram treinados para aguentarem qualquer tipo de dança...